História

Nos povos antigos, as mulheres viviam em comunhão com a natureza, norteadas pela sensação de conexão com o universo. O corpo da mulher era o centro de tudo, é o ventre o canal por onde o mundo recebe nutrição e devolve seus frutos. 
Era no topo das colinas, centro da terra que as mulheres dessas sociedades primitivas dançavam louvando os mistérios da vida. As pessoas usavam o corpo como instrumento para alcançar o sagrado e se aproximar do celestial.


Que dança poderia expressar tudo isto?  A Dança do Ventre. 


Com o tempo, algumas mulheres por suas habilidades na dança e facilidade de entrar em transe eram
escolhidas para o papel de sacerdotisas. Figuras respeitadas, vivendo em templos suas preces chegavam até os deuses. 


Passaram-se séculos, houve guerras, invasões. As danças, antes realizadas apenas em templos, se misturaram às danças populares disseminando a dança em sua forma popular. O aspecto sagrado foi deixado de lado,  tudo  mudou, a dança das mulheres também. 


A sensualidade, a sexualidade, conectada à terra, expressa pelas mulheres através da dança não mais servia a elas, servia para entreter e estimular os espectadores. 


No ocidente foram os franceses que descobriram a dança Oriental e chamaram-na de “Danse  du Ventre”. Traduzido do francês para o inglês Belly Dance. 


Foi divulgada, de maneira distorcida, na década de 20, através do cinema americano. 


No Brasil ganhou maior expressão na década de 70 em São Paulo, estado onde se concentra a maior colônia árabe do país.